sábado, outubro 11, 2014

AQUI, O LINK PARA ADQUIRIR OS LIVROS DIGITAIS


MIRAGEM - O FANTASMA CIBERNÉTICO - Livro digital - Somente 10 reais



O LEGADO DE NIX - Livro digital - Somente 10 reais





O INFINITO NOS OLHOS DELA - Livro digital - Somente 10 reais




quarta-feira, outubro 01, 2014

NOVOS LIVROS PARA VOCÊ






Vick Di Angelis é uma policial jovem que enfrenta um terrível inimigo: MIRAGEM.
Por mais que tente fugir, a policial é perseguida por esta entidade que se move e a observa através de qualquer equipamento eletrônico.
Não há como fugir. Contudo, entre o combate ao crime, fuga, Vick ainda encontra tempo para se apaixonar.
Dotada de um temperamento magnético, ela atrai para si, homens e mulheres. Porém, acuada e enfim solitária, a jovem policial procura abrigo nos braços de alguém que realmente se importe. Um grande amor.
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Desta vez, a policial Vick Di Angelis vai travar uma luta desigual com os assassinos da Equipe Nêmesis. Por alguma razão obscura, a cabeça da jovem foi posta a prêmio no submundo do crime. Distraída, Vick se entrega plenamente ao intenso amor da médica legista Lizandra Torres. E, juntas, investigam uma série de mortes misteriosas, supostos suicídios. No entanto não demora para a arguta policial desconfiar que as mortes estavam sendo causadas por um assassino serial conhecido por "Legado de Nix".


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O livro é composto por diversos contos da autora Lara Lunna.
O teor dos contos giram em torno de romances possíveis ou alguns, além da imaginação. Narra pequenas estórias de encontros, desencontros, momentos doces e delicadas esperanças.
Narra sobre a vida, sonhos, desejo, expectativas futuras e promessas.
Ao todo, é uma leitura leve que poderá fazer o leitor se emocionar, por vezes rir.
Uma cartinha de amor diferente.
NO PRIMEIRO MINUTO APÓS O CREPÚSCULO narra a história de uma jovem tímida que se apaixona por uma violoncelista.
ENCANTOS DE UMA TARDE DE VERÃO relata o único e doce encontro entre duas pessoas que viveram em diferentes épocas.
LUZ DA MANHÃ é o nome amoroso dado a uma talentosa jovem aprendiz de pintura por sua professora.
A PROMESSA aconteceu entre uma pianista e artista plástica. História do futuro possível para um amor impossível.
ZÓIO MERELO é narrado em primeira pessoa pela personagem principal, uma rude e xucra jovem negra, tratadora de cavalos.
QUÉ ANDÁ DE CARRO VÉIO AMOR? traz um conto ligeiro sobre os encontros e desencontros de uma jovem com seu fuscão velho.


Os livros impressos acima e o VICTÓRIA ALADA e AMNÍSIA, poderão ser encomendados no site: www.clubedeautores.com.br

sábado, agosto 02, 2014

CAMPANHA AME E FAÇA O BEM!

Hoje, dia 02 de Agosto de 2014, lanço a campanha "Ame e Faça o Bem - Venha o que vier".

Para os navegantes do planeta Gaya a mais tempo, viver é uma arte de complexos e intricados mistérios. De fato! Mas, por outro lado o paradoxo acontece quando a fórmula para uma vida plena e cheia de luz é de uma simplicidade surpreendente: Amar e "agir" em prol do amor, o que na verdade é praticar o bem.

É a mágica fundada pelo Cristo quando pregou "ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo".

Ensinamento de simples compreensão até para as crianças e os de pouco entendimento, alcance cognitivo.

Assim, não vou roubar, mentir, enganar,causar sofrimento, dor ou até a morte de alguém porque devo ter com ele o mesmo amor que nutro por mim mesmo. 

O amor é o princípio da sabedoria, o meio e o fim. 
Costumo dizer que se não fosse pelo amor, eu não iria nem na padaria da esquina comprar pão pro café da manhã. Só ficava em casa, na minha cama no quarto escuro.

Mas erra quem pensa que o amor por si só é bom e sagrado. Amar ou ou bem sem ação de nada valem, talvez sejam como o sal da Terra  que "(...) sendo insosso, (...) de nada mais vale além de ser atirado no chão e pisado pelos homens".

Por mais que apregoem o bem hoje em dia, muitas instituições religiosas pecam pela inércia na prática do amor e de boas ações em prol do próximo.
E não devemos escolher o "próximo". O próximo é mais do que o irmão da igreja, a família, as pessoas de sua comunidade. 

O próximo é aquele que precisa do que você pode ajudar. O evangelho do Cristo não foi escrito para ser inerte. Olhai a parábola do Bom Samaritano. Os filhos do povo escolhido não estenderam a mão para o pobre homem atacado por malfeitores, caído na beira da estrada. Mas foi um homem de Samaria, cidade estigmatizada que estendeu a mão e socorreu o próximo.

Hoje em dia se alguém ergue a voz para dizer que a Amazônia está sendo devastada, que os botos cor-de-rosa, massacrados ou que os oceanos estão sendo envenenados, alguns autodenominados cristãos apenas fecham os olhos e unem suas mãos para orarem. Ora, não somos nós o fruto divino, a semelhança do Todo Poderoso criador? Não está nas nossas mãos agir para fazer frente, combater e reverter toda esta devastação?





terça-feira, julho 29, 2014

SOCORRO ! PRECISO ME QUEIXAR - Lendo o INFERNO DE DAN BROWN


Estava assim, afundada na leitura do último livro lançado do Dan Brown intitulado INFERNO e, deliciada com sua descrição particular de Florença (Firenze), adorável cidade italiana berço do renascimento que conheci em 2010. Até aí, tudo bem. Então - Tcha-dá - em uma de suas detalhadas descrições o autor afirmou que um dos prédios que ficam defronte ao Grande Duomo, nome popular da Basílica de Santa Maria de Fiori, possuía oito lados (octogonal) por representar os "8" dias da semana e tal. Daí eu pensei : Zaratrusta, e eu que pensei que só houvesse 7 dias na semana iniciando no domingo e terminando no sétimo que é o sábado (e que segundo a bíblia é o dia de adoração e não o domingo). Ainda estou confusa sem entender nadica de nada de como um autor que atualmente tem trezentos mil pesquisadores, consultores, colaboradores e lá vai brasa para auxiliá-lo na elaboração de cada obra. Gostaria de ler aqui, algumas argumentações em prol ou contra, sei lá. Terminei de ler o livro, uma trama complexa e relativamente boa (muito aquém da obra CÓDIGO DA VINCI na minha opinião) encontrando uma série de incongruências e perdas na estrutura lógica. De fato, estou bem confusa.

domingo, julho 27, 2014

MARAVILHOSA GERAÇÃO "Y"

Ele fez tudo isso com calotas de carro velhas.
 








quarta-feira, julho 09, 2014

DICA DE LEITURA DE HOJE: FINGERSMITH de Sarah Waters



Sinopse: A história se passa em 1862, na Inglaterra. Susan Trinder é uma órfã criada em meio a um grupo de ladrões que planejam fraudar, enganar e roubar a inocente Maud Lilly. Susan é a peça mais importante neste plano. Levada por Richard/Gentleman à casa de Maud para passar-se por sua criada, Susan logo pensa que será fácil enganar uma garota tão ingênua. No entanto, as coisas ficam complicadas quando Susan se apaixona por Maud.

Minha sinopse: Acima está a sinopse do filme (excelente) que na verdade segue direitinho o escrito da autora Sarah Waters em seu livro.


Na minha opinião, nenhum filme bom é melhor do que o bom livro que lhe deu origem. Porém, nos filmes, incluindo neles os da saga do Harry Potter, dão vida a um universo que nem toda imaginação alcança.  Sobretudo porque para se imaginar uma cena descrita no livro é preciso antes possuir algum vocabulário. Um exemplo: na capa do filme, a criada Susan Trinder, ajuda Maud a colocar um espartilho. Certamente algumas pessoas lerão "espartilho" no livro e não vão sequer conseguir imaginar como poderia ser um.

E muitas outras coisas.
Infelizmente, observa-se que novas gerações estão se perdendo do vocabulário da língua portuguesa (pronto, falei...rs...)

Mas ainda assim, vai a dica do livro que seria perfeito se você o lesse antes de assistir ao filme. O livro é escrito com tanta riqueza de cenários, personagens, tipos de personalidades, situações, ambientado na Inglaterra de 1862 que por si só é uma delícia a cada página.



Observo a doçura das palavras emprestadas pela autoras às suas duas personagens principais. Há tanta suavidade, amor, delicada germinação da paixão que beira ao sublime.

E importante não esquecer o título dado em português para a obra "Falsas Aparências". O livro vai te surpreender do começo ao fim porque... por quê? lembre-se: " falsas aparências"...

sexta-feira, julho 04, 2014

CARNEILELO é um adolescente questionador - Primeira tirinha da série ANIMA MUNDO.


Certa vez no ANIMA MUNDO, um jovem carneiro começou a ler o sagrado livro do GRANDE CARNEIRO.
Lá pelos primeiros cadernos, ele observou um certo "mata-mata", facão na goela, "empurra no precipício porque pecou", coisa e tal. Daí que o Carneilelo deu de pensar: - Mas, isso tudo é pra seguir, letra por letra hoje? Parece até a história de Karneigengis-do- Facão!  Então o jovem questionou com a mãe, Ovélia, a devota, se tudo aquilo lá era pra seguir sem bater o casco. A resposta veio rápida, sem que Ovélia perdesse o ponto na lã que tricotava:-Claro que é pra seguir! O livro é sagrado! Todinho ele!
Claro que acabou não convencendo nosso herói. Mas essa parte vai para outra estória! Aguarde!!!

SÉRIE CANTOR(A) LGBT SEN-SA-CIO-NAL!!!

MIKA - "LOVE TODAY"

E A HISTÓRIA CONTA A HISTÓRIA, E A HISTÓRIA SE REPETE.


ASSIM, QUEM TEM MENTE, PENSA, REFLETE,APRENDE.

Ontem li uma postagem sobre o nascimento da "novilha vermelha". Poderia ser uma reportagem qualquer de algum programa rural. Mas não. Era uma reportagem apocalíptica.

E lá vem o fim do mundo. Outra vez. A tal novilha vermelha é um sinal do eminente e catastrófico fim dos tempos.
Distraída, pensei, ué, não tinha sido marcada esta data para dezembro de 2012 segundo o calendário Maia? Ou, quando passasse o tal meteoro assassino? (Passou e ninguém viu - mas ele volta, pessoal). Ou em 2000, na virada do século e Milênio (Alguém lembra do tal trágico "bug" do Milênio?).

Então, por conta da tal novilha vermelha (Gente, já vi novilha mais vermelha do que esta lá nos confins do Mato Grosso do Sul - e olha, tem até novilha vermelha com tratamento de Photoshop para ficar mais vermelha e meter terror nos fiéis - afinal, urge que se construa um Templo de Salomão nos dias de hoje para servir de arca de noé e salvar somente ao fiéis que mais contribuírem com suas parcas economias, dinheiro esse que subirá para os cofres do sagrado templo em uma esteira rolante high tech, chique não?) .

Aí eu me pergunto: Quem lucra com a indústria do Medo? Talvez a pergunta deveria ser: Quais instituições, seitas, hordas e o escambau a quatro lucram com a ideia de fim do mundo? (Adiaram a data agora. Parece que será por volta de 2016 ).

Eu "sei que nada sei", mas que vi algumas coisas neste tempo que estou na face da Terra, sim, eu vi. Sou testemunha.

Mais recentemente, vi algumas denominações vendendo livros, amuletos e velas para os fiéis para uma certa sexta-feira 13 que coincidira com uma data do tipo: 12/12/2012, algo assim. Segundo o líder espiritual desta gente, o satã em pessoa desceria dos céus (Não deveria ser das fornalhas do submundo?) para pegar e arrastar para o inferno quem não estivesse protegido.
Vi filas na frente da igreja.

Eu sei que muita gente se matou nas datas dos tais "fins dos tempos", sei que muita gente deu seu dinheiro para instituições para conseguir um lugar seguro para si e os seus (os sujeitos estão sendo procurados até hoje pelos fiéis) e sei que, descaradamente os "vendilhões" do Templo, negociam as dádivas perpétuas e gratuitas de Deus, o pai, oferecidas a nós.
Para quem não sabe, no novo testamento, Jesus Cristo, o filho de Deus, encontrou o Templo cheio de mercadores, os "vendilhões" e os enxotou. Afinal não se angaria fundos para o que é bom, gratuito e sagrado, não é mesmo? Concordam?
Mas hoje, eu vejo igrejas cheias, dando o dinheiro do pão nosso de cada dia para as instituições. E tudo em busca das graças divinas que são gratuitas. Isso está na bíblia que já li pelo menos cinco vezes.

Quero então, fazer um paralelo com o tempo da reforma protestante.
Martinho Lutero o monge, iniciou o movimento da reforma porque a igreja mais poderosa (e quase a única) que se intitulava "cristã" na época, vendia perdões, indulgências e outras coisas (Olhem os vendilhões aí). Martinho Lutero trouxe as escrituras para perto do povo traduzindo a bíblia do latim para a língua de cada um (a maioria analfabeta) mas que poderia aprender nos templos com uma linguagem que compreendiam. O objetivo maior, de Lutero, era propiciar que o povo pensasse, questionasse, debatessem, compreendessem e não fossem apenas uma "massa de manobra", o "gado" imbecilizado e conduzido para onde indicassem os interesses de apenas alguns poderosos.

Será que aqui a história já está se repetindo? Até quando será?

Deixo aqui a indagação: QUEM GANHA COM A INDÚSTRIA DO MEDO?
(Observo que o MEDO, vende. Vide as manchetes nos jornais, mídias, os horrores que todo mundo abomina mas não tem coragem de deixar de assistir como se, você conhecendo a desgraça, fizesse amizade com ela e em troca, ela não vai lhe bater na porta da casa na madrugada ou em qualquer hora e tempo da sua vida.
' A desgraça acontece no quintal do vizinho'. Isso se chama "dissociação da realidade', ou seja, o que acontece não é a minha realidade e sim uma realidade paralela, virtual até.

Ou melhor "Efeito Avestruz". O problema está lá, está vindo na minha direção. Meto a cabeça no buraco e... o que não vejo, não me atinge.

Ah, não falei ainda sobre a indústria Farmacêutica, a indústria que agora lucra mais do que a bélica (para quem não sabe, a indústria que constrói armamentos).

A depressão, ansiedade, medo generalizado (Afinal, tem buraco no Ozônio, Mar subindo, planeta esquentando, calota derretendo, cometa assassino, Sol pra engolir a Terra, apocalipse em contagem regressiva e tal). Daí que, haja fluoxetina, Sertralina e... (qual é mesmo o nome daquele comprimidinho da alegria viciante pra chuchu? ) ah, o Rivotril... tem até comunidade de viciados no medicamento...e olha, que pra se conseguir uma receitinha do Rivotril é só ir para o médico e dizer: Ô seu dotô, tenho medo de viajar de avião mas preciso ir pra ver uma irmã, 4 mil km lá em Belém do Pará. E lá vem a receitinha do tarja preta, bonitinha na mão. Fácil assim!

(Vou parar de escrever um pouco. É muita coisa para digerir, não é?)

quinta-feira, julho 03, 2014

DICA DE LEITURA DE HOJE: "CAROL" de Patrícia Highsmith


Outro romance entre mulheres escrito como uma beleza, sofisticação e leveza única.
Carol, como o título do romance dá a pista é uma jovem tranquila, tem um namorado da paz, um emprego ruim mas suficiente para ir vivendo. 
Então, certo dia (Era uma vez...) tcháram, surge a outra (não vou dar muitos detalhes para não perder a graça de ler o livro).
A outra, mulher sofisticada,elegante e misteriosa. Elas trocam olhares, um diálogo curto e já está germinando dentro de Carol um sentimento novo, nunca antes explorado.
Interessante a suavidade, doçura com que a autora vai construindo a trama. Não surge aquele namorado deixado de lado querendo bater em raimundo e todo mundo, ou uma crise de identidade por parte da jovem neófita, conhecendo o reino além do arco-íris nas terras de Gaya.
Sem choro e ranger de dentes. Sem bem-me-quer, mal-me-quer. 
As duas seguiram querendo cada vez mais, conhecendo-se, desvendando o livro místico que, segundo mano Caetano, "somente a quem tal graça se consente, é dado lê-lo".



quarta-feira, julho 02, 2014

LEITURA RECOMENDADA: "O DIÁRIO ROUBADO"


O livro narra a história da doce paixão entre duas amigas adolescentes em um remoto povoado no interior da França.
Régine Deforges retrata a transmutação de uma intensa amizade entre meninas para a explosão do desejo sincero, sem culpa, vergonha ou qualquer sentimento incutido pelo rígido ordenamento moral da nossa época e do lugar.
O amor surge com toda sua força e, depois do Diário de uma das apaixonadas ter sido roubado e o segredo delas, revelado, tudo começa a mudar e a luta de uma das amantes inicia buscando não perder a sua amada.

Se você assistiu o filme antes de ler o livro. Pare. Esqueça o filme e leia deliciosamente este livro. Verá que vale a pena. O filme não foi fiel ao livro de Deforges. No filme, o desfecho para uma das apaixonadas é trágico (pronto, contei!) , o que, na minha opinião é uma aberração contra tão sublime obra e contra Defórges. O filme mutilou o romance, tornando-o algo androcentrico (não sei se existe a expressão - inventei agora para apontar o direcionamento de algumas obras colocando sempre as figuras masculinas em evidência), onde a trama rompe com o prumo linear do primeiro amor entre duas garotas, a descoberta do sexo prazeroso (mesmo sem a figura de masculina).
No filme, o subtexto e o desfecho trágico (o que não existe no livro, torno a salientar) nos conduz àquela vala consolidada pela moral global do "crime e castigo". (Ainda é, apesar das lutas, algumas conquistas e lentas mudanças).
No filme, uma das jovens é descaradamente punida (mesmo que autoimposta) com a morte, TOTALMENTE CONTRÁRIO ao desfecho do livro. Ou seja, ela  foi punida (e sua parceira de tabela) porque "pecou", cometeu o crime de amar profunda e desesperadamente outra garota.
Enfim, enquanto o livro foi a minha melhor leitura da vez, o filme só serviu para que avinagrasse o doce sabor do vinho derramado em cada página da obra de Regine Deforges.

FILMES QUE VOCÊ DEVE ASSISTIR - "QUARTO EM ROMA"


Um filme que você não pode deixar de ver.
Para sorrir e se apaixonar.
História construída com delicadeza, intensidade e paixão ambientada em um quarto na cidade de Roma, a eterna!
Música deliciosa. 

domingo, abril 27, 2014

Saudade

Voltando o olhar para a bela Lion, o pensamento escapou para o Brasil, imaginando a luz dourada intensa do sol na sua pele enquanto ela pedia um copo de caldo de cana ao velho senhor que possuía um engenho de moer cana instalado dentro de uma Kombi, cinco quadras antes do Distrito Policial. 

Ele oferecia um copo de caldo e sempre havia quatro dedos de “chorinho”, na faixa. 

Com os anos e a concorrência, ele aprimorara seu caldo com direito a abacaxi, limão ou gengibre. Dava até para pedir com tudo dentro.

A Delegada sentia falta das ruas molduradas pelos fios negros da instalação elétrica que pareciam teias,  onde pipas velhas ou suas rabiolas apontavam a alegria da infância em férias ou tênis gastos presos ali pelos cadarços por obra de algum peralta.


As esquinas de bares com o trecho de asfalto cravejado com tampas de garrafas, letreiro mal feito encomendado ao filho de um vizinho anunciando o preço bom da “cerva”. 


Tão logo retornasse ao Brasil ela se imaginava entrando em um “boteco” em São Paulo para tomar uma cerveja gelada acompanhada de uma porçãozinha de amendoim ou mandioca frita. Provavelmente em um daqueles bares de portas estreitas, alongados para dentro com balcões ensebados. O dono, quase invariavelmente de bigode bem cultivado, barba por fazer, camiseta regata branca encardida, pescando azeitonas ou ovos de dentro de enormes potes de conservas para servir o cliente da vez.


Em meio a tanta limpeza nas ruas de Lion, monumentos, os edifícios de estilo neoclássico com as charmosas mansardas e suas janelas, entre toda beleza que podia avistar naquela cidade francesa, com a saudade, até a lembrança do odor do “espetinho de gato” ou do “churrasco grego” servido pelas ruas de Sampa -  que ela nunca tolerou - pareceram convidativos.

'espeto de gato convidativo?' –Giuliana pensou, quase sorrindo. O que não fazia a saudade crua? 

quarta-feira, março 12, 2014


Aquele Frisão tinhé focim de quem  intendia das coisa.  Purisso soprei nas urelha dele, entri uma trança e outra nas crina, o que batia nu peito.

Primêra vez qui vi a moça, ela tinha apeado da cidade e eu dentro do redondel, dando  ensinamento pra um cavalo chucro.

Não gosto de laçá os bicho, apertar  os arreios e baixá chicote pra ensiná  cavalo ou qualquer outro quatro pata que me venha pros cuidado.

Os outro peão inté ri di mim. Dizeles que é coisa de florzinha du campo.
Prefiro anssim. Indolá, indocá, veizé qui gostu mais de bichu de qui di alguma genti.

Pois, vorteando pra ela.

Malemá deu com as  sandalinha  no chão pisado, já se dependura na cerca toda de zóio nimim na lida.

_Você deve ser a Zelão. Já ouvi falar muito de você. Meu pai diz que doma melhor um animal até mais do que o negro velho da Grota.

_Verdade não, moça! Véi da Grota ensinô tudu qui sei. Só tá ansim, sem força nas anca, ruim como o quê do estambo, o figo.

Cortei rente nu forcado o elugio dela. A moça dependura na cerca pra me chamá de Zelão, alendê metê a lenha no Véi, meu avô, único andante de duas patas qui vi por muitu tempu na vida?
Prazer. Fui batizada Zélia, filha do finado José e Mariazinha.

A mãe murreu quandu nasci e o pai, foi-se pisado pela boiada. Só ficô o avô. E, eu num gustava do tar pelido: Zelão. Nende Zélia. Muitu frescu pra arguém comu eu, criada já di bota, cinturão e chapéu. Só fartô bigode.
Gostu que mi chamem de Zel.

O irmão dela, Antonho da barba, capataz  e fio do dono da fazenda  Esperança, veio mi dá agitório.

_Não é Zelão, irmã. É Zel. Lembra dela?

Bem, adespois dus cavalo, o Antonho era gente que tinha meu respeito.

A moça pediu desculpas e ficou veremeinha.
Era daqueli tipo di gente qui vira tumati nem trisquim di dedo.
Intão achei que seria por bem lhe fazer arguma graça.
Iscanchei perto da cerca onde ela táva e prucurei nas feição da moça o quê lhi soltá num elugio.

E vi. Os zóio. E no fundim, fundim di mim eu sabia que conhecia aqueles zóio. Dionde? Nem limbrava, inda.

E eita pardi zói lindo!

_Teus zói, moça. Zói merelo. Tão merelo quanto os...
Parei um poco. Escapoliu das idéia o que ia dizê. Má como não gosto de deixá as coisa pelas metade, arremendei.
Má arremendei de coice, sem pensá direitu. Isso por causo di qui ela me fincó aquelis zói ni mim di um jeito...

_Seus Zói.Merelo, tão merelo quandas Rodiland que pros bico debuiei mío logu cedo!

A moça, Jasmin, é, esse o nome dela, ficou maize veremelha quar crista di galo índio. Chei eu, qui ia de tê um treco.
Masnum teve.

Apeô da cerca e fui zumbizando sem olhá dava com os pé.
Eu inté tentei falá da merda das vaca qui arrecem foram dá nu brete.
Só qui amoitei a língua na boca comu já era tempu de tê feitu antis.
E si pudessi avisá, já ia tarde.

A Jasmin não só meteu as sandalha no istrume como escorregô e caiu sentada nele.
Um vexami tantu que inté ieu fiquê avexada e me virei nos cascos pra móde fazê ela pensá que ninvi.
Mas u Antonho num deixô pôco e largô a gargaiada saí escovada pelo bigode.
I estas coisa péga a gente. Gargaiada boa comu canto de galo que vai se alastrando, um aqui, outro lá...
Gargaiei de perder as vista nas água que descia dos óio.
Daíntão que vi a moça levantá com jeito de saci que escapô da garrafa.
Me apontô um dedo pintadinho nas unha pra sortá a praga:
_Você vai ver só, Zelão! Eu vou me vingar!
Ué? pensei eu. Já escuvando o lombo do cavalo amansado. A moça senta no cocô de vaca por livre competência, o irmão cacareja e ieu é que pago o pato?
Pois num vi mais a Jasmim inté onte cedim. E já fazia um par di mês qui ela se amoitô na cidade, naquelis istudo de quem vêi ao mundo pra sê sinhá.
Si é fia do patrão, patroinha é.

Trei dois carrapichu das crina do Frisão lembrano que a tar moça já tinha sua história na fazenda. Issu antis de sê mandada pra capitar,um tempão, pros istudo.
Era ela uma minininha branquela e feinha quar fióte de curuja que me vivia dando nos carcanhá, pidindo pra dá volta nos cavalu.
Inté carreguei a miúda nu colo.Eu tinha uns quinze e a patroinha, sete.
E pequena virô moça bunita. Bem si vê.
Puis hoje, nos arto falante da festa du começu de  exposição do plantel de cavalo,  tóca musiquinha de cá, outra de lá e já veio música encomendada.
Fulano dedica música tal pra Sicrana.
Até aí, tudo bem.
Expusição era sempri anssim.  Música,  gente mais véia assistino as vorta e vorta dos cavalo nas arena, os mais moço, deum oio nos bicho e outro nas paquera, rabim di saia.
Ou inté andandu di mão dada, comprano pipoca,  argudão doci, mio verde  e paster nas banca.
Ieu inté qui gostu de argudão doci. Aquele cor de nuvim di finzinho de tarde, rosadinho quiném pena de coierêiro.
Taí, divia é de dizê que os óio merelo da Jasmim era da cor dos óio do coierêiro, ave meió, quemsabi na cachola dela, qui as galinha rodilandi premiada do terrêro.
I acunteceu di entrá uma música : Jeito de Mato daquela moça que canta bonito cum violão du ôtro lado.
I era dedicação di Zói Merelo pra Zelão. 
Ah, mi arrepiei toda. Índa mais purque a tropa toda di peão me desceu nas corcova, querendo é sabê quem era o tar Zói Merelo.
_Aí, Zelão, arrasando corações!
Meti o chicote nas bota deles até abrí clareira. Escafederam rino.
Adespois bateu gastura di pensá que u Antonho ia de achá ruim da irmã dele me mandano música. Podia pensá que eu andei de saliencia com ela. 
E o Antonho, que com a tropa já peguei muitu istradão de mês intêro, carriando gado, sabia qui da bocaiúva qui ele metia os dente, eu roía até a castanha.
Sóique uma coisa ele num pudia sabê. Quem era Zóio Merelo. Quando chamei ela, chamei pertim de mode qui só a moça botô nas orêlha.
Decidi dá o troco.Cabei a trança da crina do Frisão, tamboa qui nem que as nu meu cabelo brabo i fui lá nu lugar du som.
Didiquei:
Di Zel pra Zói Merelo a música “Burro Picaço”.
Era só essa toada que me deu nas ideia na hora. E era das boa.
Vortei pra  baia do Frisão e já vim vindo a tar musica das caixa dos falantes impulerados nos poste quenem curujão de ôio em ratim.

‘Comprei um burro picaço, de dez ano maizomêno, na hora de passá o recibo, o tropêro foi dizendo, cuidado com esse macho pois ele tem fama de sê perigoso. Por tê matado um peão o nome do burro ficou Criminoso’...

Prendi um bom maçu du rabo do Frisão nos dentes e garrei a trançá. Tenho dentes bons dos nêgo de sangui purim vindo da Grota do Izidoro. Grandes, brancos e bem empolerados na linha.

A grota já foi casa de nêgo fugido da vida de trabaiá inté a morte, com corrente no pé. Lá se arrancharam e ficaram faizé tempo.

‘Cortei a crina do burro no sistema meia-lua, pra cortá uma légua e meia, o Criminoso não sua...’

Foi nu tempo de terminá a música e a Zói Merelo já tinha dado comigo nas baia.
E vinha verêmeia como só ela.

_Zel, o que foi que fiz pra que você me trate desse jeito?
‘Eu devia é de tê dedicado, Cabocla Teresa. Mas não. A cabocla mórri no finzim’.
Apressei a trança do rabo.
_Ói, a idéia foi sua! – Eu dissi cum as borda da boca purque os dente tava travado no rabo do Frisão ._ E, a música é da mais arta qualidade. Tão das boa que tem peão que chora só di ourvi.
_Ora. Tira esse rabo da boca pra falar comigo!
Tirei. Afinarmentes, ela era a patroa. E dona do Frisão. Com o adiantado da trança, deu pra terminá.
_Tá certo. Vamo proseá! – ergui as mãos entregando os ponto._ A música era para agradá a patroinha. Nada pra lhe aperreá.
_Já não basta me ofender, me chamando de olho de galinha?
_Ói aqui, pode sê que errei de bicho. Gosto das galinha. Mas os óio da patroinha é bonito tar como... sabe , zóio de gavião de penacho?
A Jasmim foi fechano u cerco comigu dentru na baia do Frisão.  A gastura na garganta, crescendo anssim, anssim.
Iela me pegô us pulso cum mão forrada com  pele branquela que, na minha di nêgo, pariceu pele di bagre fidalgo de tam branca. Quano não se averemelhava.
Achei de esperteza não dizê nada dissu tumém. A moça tava brava.
As mão manietada só dava de me aumentá a gastura.
_Oqui a moça qué de mim?
_Isso!
E ela me beijô. E não era bêjo nas bochecha. Foi bejo daquele de fazê beata da igreja caí de joelho pra rezá ou rolá pro chão, estrebuchando.
Guentei firme e ainda bizoiava a Jasmim com meus óião aberto na hora qui ela sortô dos meus beiço, a boquinha miúda de rosa tendendo a abrí.
Fez isso, a diaba, e já ia vorteando nos carcanhá. Mas eu lacei as anca dela, virei a moça contra as talba da baia.
Daí garrei a bejá. Di novu.
Aquela Jasmim, cruza com cacto, começô a  prejudicá minhas costa com as unha fincando por cima da camisa de algudão. E pinicava.

Sortei as mão da feroz mas continuei escorando ela na parede. Até pensei que ia começá com gritinho e murro de pata fechada.
Nem foi isso. Tornô a me garrá no beijo e nas unha.
E entrô com língua na minha boca quinem gadu fujão furando cerca. Foindo e indo e ieu pensei que era... sei lá o quê. Mas esgaiado de bom.
As ôtra moça que encontrei no caminho da vida,  nas minha vinte e duas vazante, num era taum assim de me querê. 
Se pensei qui acuava jaguatirica naquela moita, dei cum onça suçuarana.
Saimo da baia com capim no cabelo e eu tonta puxando o Frisão pelas rédea.
A Jasmim foi andano pur perto, naquelis passinhos curto, picadinho. No disfarci.

Os zóio merelo cheio de luzinha, como zói di jacaré im noite sem lua.
Achei meió não dizê isso a ela. Mesmu que achasse bunito.
Pertu da arena ela pregunta se eu gostava do Frisão.
Máclaro. Aquele bicho era de longe o meió em toda expusição.
_Minha égua está prenha dele. Te dou o filhote quando nascer!
_ã? Não, patroinha. Num carece!
_O que há de errado com o meu presente, Zélia Izidoro?
Ié, adespois daquelas saliência na baia, tinha mesmo de me chamá pelo nome. E sabia todim ele. Quarquer um vindo da grota tinha nu nome o Izidoro. Meu vô é o Nastácio Izidoro.
_Naderrado, moça. É ieu mesmo. Malemá tenho um teieiro pra esticá rede e o rancho de comê eu recebo como paga da minha serventia de peão. Não vai tê bóia que dê pra bocona de um potro fio deste aí. Come balde e balde de aveia, alfafa,  mio, farelu de trigu, ração e tudo que é capim novo. Dava pra alimentá a Grota do Izidoro todinha. Daí que acho meió apreciá o animar du jeito que tá. O patrão seu pai e o Antonho não me nega montá em quarquer um se me dá a vontade.
_Mas então, que presente posso te dar que a agrade?
Parei o passo de vez e o Frisão me deu uma cabeçada nu lombo. Aquele bicho malandru tava no proveito.
_Arrê, patroinha, e dêsdicuam tem essa precisão?
As mão da moça tava na cintura dela. Não podia sê coisa boa de deixá se contrariá.
_Desde a baia, quando você me fez sentir como nunca antes na vida. Eu gosto de você, Zel, desde que era menina!
Ié, aquela moça sim sabia colocá as palavra alinhadinha na língua rápida.
Devia de sê coisa daquelas escola na capitar.
Masieu não. Eu era bicho du mato que malemá sabia lê, escrevê e fazê conta.
Tirei o chapéu e cocei o trieiro entre as trança.
_Podi mi dá...um argodão doci?

_Ah, vem cá. O que acha de mais uns beijos? Isso depois do algodão?

Tremi nus cascos, mas fui.