sexta-feira, setembro 07, 2007

Sete de Setembro



















Cedo fui caminhar na trilha da mata para conter a ansiedade.

Dizem que, quando sua cabeça está a mil, é preciso cansar o corpo.
Assim nos esvaziamos e encontramos algum alívio.

Ontem, estive só em casa. Ninguém. Pensei em fazer loucuras,
sair correndo nua pelas ruas do condomínio (que não tem
iluminação pública pois a maioria dos moradores não quer
luz que possam apagar a visão das estrelas)

E então, passado o primeiro acesso de rebeldia, com causa,
resolvi fazer um leite achocolatado, comer um pedaço de
pizza, colocar minha gata no colo e voltar para a monografia.

É, para ser mestre é preciso muito esforço.
Aliás, o tema que escolhi é um tema dramático.
Quanto mais pesquiso e leio a respeito, mais fico
indignada, com vontade de gritar.
Também não gritei ontem. Estava sozinha mas
não consegui me livrar dos grilhões da urbanidade.
Mas a idéia permanece.

A de correr nua pelas ruas escuras... deve ser um must...rs...
Não, eu não tenho vocação para Lady Godiva.
Ela tinha uma causa para externar. Eu tenho uma causa
interna. É apenas comigo e o meu Eu. (Pleonasmo).
Me surgiu na mente agora que a outra vez que tentei
rebelar contra o sistema (interpessoal entre mim e minha
ex-companheira), eu pedi um filho e ela me disse que
no fim do ano me daria um cachorro do tipo basset (Dashund- Teckel)
Acho que ela não compreendeu bem a minha reivindicação.(risos).

Um comentário:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Enquanto lia tuas divagações sobre o feriado setembrino, e considerações sobre o esforço em ser mestre, me lembrei das horas intermináveis de leitura, reflexão e escrita, entrecortadas pelas aulas, caminhadas, chocolates, filhos, amores, durante o tempo em que escrevia minha dissertação...
Sim, tantas curvas e entrecruzamentos, tudo acaba parecendo um imenso e complexo bordado, mas posso dizer que vale a pena!...
E olha que minha escolha também foi difícil e criticada pelos professores, que me alertaram sobre o desafio que seria escrever um trabalho sobre o que eu queria, talvez duvidassem... Mas, um belo dia, nasceu a cria quase surreal, kaminskiana! Abraços.