sexta-feira, julho 04, 2014

E A HISTÓRIA CONTA A HISTÓRIA, E A HISTÓRIA SE REPETE.


ASSIM, QUEM TEM MENTE, PENSA, REFLETE,APRENDE.

Ontem li uma postagem sobre o nascimento da "novilha vermelha". Poderia ser uma reportagem qualquer de algum programa rural. Mas não. Era uma reportagem apocalíptica.

E lá vem o fim do mundo. Outra vez. A tal novilha vermelha é um sinal do eminente e catastrófico fim dos tempos.
Distraída, pensei, ué, não tinha sido marcada esta data para dezembro de 2012 segundo o calendário Maia? Ou, quando passasse o tal meteoro assassino? (Passou e ninguém viu - mas ele volta, pessoal). Ou em 2000, na virada do século e Milênio (Alguém lembra do tal trágico "bug" do Milênio?).

Então, por conta da tal novilha vermelha (Gente, já vi novilha mais vermelha do que esta lá nos confins do Mato Grosso do Sul - e olha, tem até novilha vermelha com tratamento de Photoshop para ficar mais vermelha e meter terror nos fiéis - afinal, urge que se construa um Templo de Salomão nos dias de hoje para servir de arca de noé e salvar somente ao fiéis que mais contribuírem com suas parcas economias, dinheiro esse que subirá para os cofres do sagrado templo em uma esteira rolante high tech, chique não?) .

Aí eu me pergunto: Quem lucra com a indústria do Medo? Talvez a pergunta deveria ser: Quais instituições, seitas, hordas e o escambau a quatro lucram com a ideia de fim do mundo? (Adiaram a data agora. Parece que será por volta de 2016 ).

Eu "sei que nada sei", mas que vi algumas coisas neste tempo que estou na face da Terra, sim, eu vi. Sou testemunha.

Mais recentemente, vi algumas denominações vendendo livros, amuletos e velas para os fiéis para uma certa sexta-feira 13 que coincidira com uma data do tipo: 12/12/2012, algo assim. Segundo o líder espiritual desta gente, o satã em pessoa desceria dos céus (Não deveria ser das fornalhas do submundo?) para pegar e arrastar para o inferno quem não estivesse protegido.
Vi filas na frente da igreja.

Eu sei que muita gente se matou nas datas dos tais "fins dos tempos", sei que muita gente deu seu dinheiro para instituições para conseguir um lugar seguro para si e os seus (os sujeitos estão sendo procurados até hoje pelos fiéis) e sei que, descaradamente os "vendilhões" do Templo, negociam as dádivas perpétuas e gratuitas de Deus, o pai, oferecidas a nós.
Para quem não sabe, no novo testamento, Jesus Cristo, o filho de Deus, encontrou o Templo cheio de mercadores, os "vendilhões" e os enxotou. Afinal não se angaria fundos para o que é bom, gratuito e sagrado, não é mesmo? Concordam?
Mas hoje, eu vejo igrejas cheias, dando o dinheiro do pão nosso de cada dia para as instituições. E tudo em busca das graças divinas que são gratuitas. Isso está na bíblia que já li pelo menos cinco vezes.

Quero então, fazer um paralelo com o tempo da reforma protestante.
Martinho Lutero o monge, iniciou o movimento da reforma porque a igreja mais poderosa (e quase a única) que se intitulava "cristã" na época, vendia perdões, indulgências e outras coisas (Olhem os vendilhões aí). Martinho Lutero trouxe as escrituras para perto do povo traduzindo a bíblia do latim para a língua de cada um (a maioria analfabeta) mas que poderia aprender nos templos com uma linguagem que compreendiam. O objetivo maior, de Lutero, era propiciar que o povo pensasse, questionasse, debatessem, compreendessem e não fossem apenas uma "massa de manobra", o "gado" imbecilizado e conduzido para onde indicassem os interesses de apenas alguns poderosos.

Será que aqui a história já está se repetindo? Até quando será?

Deixo aqui a indagação: QUEM GANHA COM A INDÚSTRIA DO MEDO?
(Observo que o MEDO, vende. Vide as manchetes nos jornais, mídias, os horrores que todo mundo abomina mas não tem coragem de deixar de assistir como se, você conhecendo a desgraça, fizesse amizade com ela e em troca, ela não vai lhe bater na porta da casa na madrugada ou em qualquer hora e tempo da sua vida.
' A desgraça acontece no quintal do vizinho'. Isso se chama "dissociação da realidade', ou seja, o que acontece não é a minha realidade e sim uma realidade paralela, virtual até.

Ou melhor "Efeito Avestruz". O problema está lá, está vindo na minha direção. Meto a cabeça no buraco e... o que não vejo, não me atinge.

Ah, não falei ainda sobre a indústria Farmacêutica, a indústria que agora lucra mais do que a bélica (para quem não sabe, a indústria que constrói armamentos).

A depressão, ansiedade, medo generalizado (Afinal, tem buraco no Ozônio, Mar subindo, planeta esquentando, calota derretendo, cometa assassino, Sol pra engolir a Terra, apocalipse em contagem regressiva e tal). Daí que, haja fluoxetina, Sertralina e... (qual é mesmo o nome daquele comprimidinho da alegria viciante pra chuchu? ) ah, o Rivotril... tem até comunidade de viciados no medicamento...e olha, que pra se conseguir uma receitinha do Rivotril é só ir para o médico e dizer: Ô seu dotô, tenho medo de viajar de avião mas preciso ir pra ver uma irmã, 4 mil km lá em Belém do Pará. E lá vem a receitinha do tarja preta, bonitinha na mão. Fácil assim!

(Vou parar de escrever um pouco. É muita coisa para digerir, não é?)

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